domingo, 30 de maio de 2010

Trabalho voluntário!



Nas últimas semanas, uma futebolística e relevante questão vem ocupando o custoso tempo de meu incessante ócio, assim como a atividade retardada de meus já conhecidos onze botões: o peso e a influência do chamado “dedo do técnico”. Tanto nas lendárias conquistas, quanto nos deploráveis, porém, inesquecíveis insucessos. Conhecendo minimamente meu alviverde coração - e não sendo completamente indiferente às questões que tangem nosso esporte bretão no presente momento - convenhamos que não seja necessário matutar durante muito tempo para que se compreenda o porquê desta contenda.
Nesta última semana, os dirigentes do Verde (manchado há pouco de azul, vermelho e marca texto) através de uma proposta completamente fora de todos os padrões de remuneração para o futebol brasileiro - para o futebol, e principalmente para os brasileiros - apresentaram a mesma falida solução para os problemas de sempre, ou seja, a contratação de um "baita" treinador para o time. Depois do Luxemburgo, “o manager”, de Muricy, “o retranqueiro e sem graça, mascador de chiclete”, a bola da vez, de hoje e sempre, é ele: Luiz Felipe Scolari, “o Big Phil”. Sob o bigode e a batuta deste velho conhecido - agora de carreira internacional - todos os problemas de nosso time se resolverão, amigo PARMERISTA: Armero não levará mais bola nas costas; Maurício Ramos não perderá mais uma pelo alto; Edinho não errará mais passes de 5 metros; e Ewerthon (quem diria), agora é só "caxa"!
Quanta bobagem. Não seja um completo bocó, não acredite em nada disso!
Enquanto o potencial salvador da pátria de nosso time estiver sentado no banco de reservas nada mudará! Afinal, não me recordo de nenhum gol marcado por qualquer treinador! Quem faz a diferença é jogador! É só lembrar... Com Celso Roth, não fomos bi-campeões da Libertadores por causa do Ubaldo. Ou melhor, é só observar... Com Ricardo Gomes, “o submisso”, o São Paulo tem tudo pra ganhar este mesmo torneio sul-americano (até hoje não conquistado pelo Corinthians) pela quarta vez.
Sendo assim, apresento uma idéia diferente. Proponho que praticamente todos os investimentos aplicados mensalmente com a manutenção destes técnicos - picaretas convictos por definição - sejam mobilizados para a contratação de jogadores de verdade, preferencialmente atacantes e meias avançados. Não como estes dissimulados e pouco competentes que lá estão, busquemos grandes boleiros com características que mais nos apetece, os matadores à frente, e os mau caráter na cozinha. Dessa forma, não vejo outra possibilidade, nem outra pessoa competente e picareta o suficiente, para ocupar o cargo até agora vago. Portanto, à partir deste momento, estou publicamente me candidatando para o cargo de Técnico voluntário da Sociedade Esportiva Palmeiras. Meu currículo está em anexo.

5 comentários:

  1. Técnico até que não ganha jogo.
    Mas que perde...perde!...ah..como perde!

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  2. Se você virar técnico do Palmeiras, eu me candidato a vaga do Dunga pós Copa do Mundo! HAAHAH! Brincadeiras a parte, belo texto e ótima percepção!

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  3. Catatau, se vc pensar em uma seleção como Brasil ou Argentina que tem grandes craques a disposição até concordo. Mas tem time que ganha só com jogador grosso. Aí acredito que o técnico tem alguma importância sim.

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