quinta-feira, 26 de agosto de 2010

sábado, 14 de agosto de 2010

Brisas # 1




Pensando a partir de um contexto de pirações recentes elaborei algo sobre linguagem, positivo, negativo, práxis (conversa de ontem na aula)... Muitas coisas!

Cada palavra pode ser problematizada e criticada para fins de desnaturalização de tudo que se coloca e, nisso, vê-se os sérios limites que a linguagem impõe ao exercício do pensar/criticar, pois no momento em que a usamos para nos comunicar/exprimir pensamentos, faz-se necessária a positivação das palavras para o desenrolar de um argumento.
A linguagem, desta forma, parece-nos algo essencialmente crítico à práxis (pensada aqui como uma tentativa de atuar de maneira crítica, aliando como duas faces da mesma moeda o fazer e o criticar, sempre relevando o contexto de objetividade em que estamos submetidos nessa sociedade mediada por abstrações sociais).

Quanta positivação!

* * *

Saiu algo quase como um jogo lógico sobre positivo e negativo...tem a ver com isso tudo.

Quando se nega o que se apresenta (positivo), se positiva o que estava sendo escondido (negativo). Sendo esse um primeiro momento, podemos colocar que o que é positivo neste primeiro momento torna-se negativo no segundo momento, enquanto o negativo do primeiro momento torna-se positivo no segundo momento.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

No rumo das quimeras

Começa aqui:

Me falaram, tive de escutar, sobre o texto que postei, me disseram que aquilo que meu texto falava, "era a realidade; muito pesada".
Respondi, "tudo bem, tá, que é muito pesado, mas é só um texto, não a realidade."
Me convenci com essa resposta.

Desde então não me convenço com este meu convencimento, este ponto final.
E ficou na minha cabeça uma pergunta sem resposta, que volta e meia vem: "o que é a realidade nas coisas"? "a realidade?"

Comecei então numa análise clássica, com método e porra-toda, considerando o conceito, o conceito de realidade:
Primeiro: a subdivisão (a análise):
Pergunta número 1: do que é feita a realidade?
Ela não é feita de meus-textos, de palavras, não totalmente; ainda que tudo isso faça parte do real também. É ou num é?
De que ela é feita?
É feita de percepção? de uma subjetividade? daqui de cá, dos interiores nossos? do daí, de dentro de você, e também de uma exterioridade? da exterioridade? dum outro? dos outros? do resto? dos restos, das coisas?; tudo isso cada um, no dentro da outra? junto, quase que um só? e tudo isso fazendo o que? uma dizendo para a outra como tudo tem que ser? Formando misturado uma grande totalidade: o real?




Isso, ó. (...)

(?)

Isto!




Isto, o tempo todo, repetido, ganha um movimento próprio; o falatório de tudo. Todos os mandos, viram ritmo, vira uma música, a realidade.
E tudo, o dentro, o fora, o depois, o agora, canta a mesma música; de ordens e História, a música de ser o mesmo, que nem nos damos conta.

E ela mesma já em movimento, a realidade, do impulso do turbilhão das tantas subjetividades, oceano delas, cantando, dos compromissos inadiável das coisas, cantando. E mesmo já veio com um peso incomensurável sobre o nada. Viu? E às vezes até o que ainda não é, já virou realidade, já está vendido, benzido, já existiu. Cantou seu hino. O princípio de algo, nem não teve, e já vinha seu fim; o futuro veio antes. Natimortos, a realidade.

A realidade nas coisas? é o peso dela mesma se querendo pra sempre, inventando o tempo. E será? E depois? será?

Mas olha pr'ocê ver!: Misturar a realidade com totalidade pode confundir tudo, por que desse jeito não tem nada mais real ou menos real; pois tudo é real a medida em que existe. E isso pode? Mesmo o sonho é realidade se existiu, como parte dela, momento. Os delírios, as fantasmagorias.
E se realidade é totalidade, é que tem algo nessa realidade, algo totalizante, que a expande e a transforma em universo, no tudo.

E seu dinheiro gasto, que ela mesma cunhou, compra até o fim do mundo. Comprou! A existência toma outros rumos, já tomou, das quimeras.

Mas pior do que confundir tudo é esclarecer demais, misturar realidade com verdade, achar que ambas são uma só: como se algo fosse mais real que outro algo a medida em que seja mais verdadeiro. Crendices. Os idealismos. Mas é de Verdade que se fez a Realidade, essa Realidade, a que só acredita em Si. Que destrói outros horizontes. É feita de verdades a terra da mentira ! - ?





Acaba aqui.